Outlander: a viajante do tempo

Em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, a enfermeira Claire Randall volta para os braços do marido, com quem desfruta uma segunda lua de mel em Inverness, nas Ilhas Britânicas. Durante a viagem, ela é atraída para um antigo círculo de pedras, no qual testemunha rituais misteriosos. Dias depois, quando resolve retornar ao local, algo inexplicável acontece: de repente se vê no ano de 1743, numa Escócia violenta e dominada por clãs guerreiros.

Tão logo percebe que foi arrastada para o passado por forças que não compreende, Claire precisa enfrentar intrigas e perigos que podem ameaçar a sua vida e partir o seu coração. Ao conhecer Jamie, um jovem guerreiro das Terras Altas, sente-se cada vez mais dividida entre a fidelidade ao marido e o desejo pelo escocês. Será ela capaz de resistir a uma paixão arrebatadora e regressar ao presente?




E se o futuro fosse o passado?

"Outlander - A Viajante do Tempo" é, sem dúvida, um dos melhores livros que já li, e digo isso em todos os aspectos: enredo envolvente, escrita cativante, nível impressionante de informações históricas e a inteligência nas colocações da autora, Diana Gabaldon. Cada detalhe é meticulosamente trabalhado para nos transportar ao século XVIII, onde a história se desenrola.

É importante lembrar que o livro é ambientado em uma época com valores e normas culturais completamente diferentes dos atuais. Gabaldon retrata de forma precisa as injustiças, impunidades e a naturalização da violência sexual naquela época, sendo fiel ao contexto histórico. Quem escolhe ler um romance histórico que se passa no século XVIII deve estar preparado para encontrar essas situações.

Um aspecto que pode incomodar alguns leitores é o sofrimento excessivo de Jamie e a frieza aparente de Claire em certas ocasiões. No entanto, esses elementos conferem uma profundidade e singularidade aos personagens, algo que raramente encontro em outras obras. As complexidades de Jamie e Claire tornam a narrativa rica e realista, fazendo com que os leitores se envolvam ainda mais com suas histórias e desafios.


Outra questão que merece destaque é o machismo presente na narrativa. Assim como nas cenas de abuso, esse machismo é um reflexo do período em que a história se passa. Jamie, se comparado aos outros homens da época, é um verdadeiro cavalheiro, com uma mente notavelmente aberta. As críticas que ele recebe, muitas vezes, vêm de leitores que buscam um personagem idealizado. Contudo, é importante entender que Jamie é um produto de seu tempo, e suas ações são moldadas pelas regras e mentalidades daquela sociedade. A cena em que ele agride Claire, por exemplo, é dolorosa para ele também, e a promessa de nunca mais bater nela demonstra seu crescimento e evolução.

Em resumo, "Outlander - A Viajante do Tempo" é uma obra-prima que nos leva a uma viagem profunda e emocionante através do tempo. Diana Gabaldon cria personagens inesquecíveis e um enredo que prende do início ao fim. Para aqueles que apreciam um romance histórico bem elaborado, este livro é uma leitura obrigatória.

A série está disponível na Netflix também, mas nada substitui os livros. Você encontra as edições aqui.

E você, o que acha da história? Já conhecia? 

Outlander: a viajante do tempo Outlander: a viajante do tempo Reviewed by Larrine on 22 julho Rating: 5

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